sexta-feira, 1 de março de 2013

O que fazer quando... ?

      A SBD disponibilizou o link do livro Diabetes: O Que Fazer em Situações Especiais , do Dr. Walter Minicucci. Um guia de bolso, dividido em 38 capítulos, que abordam os principais temas relacionados ao cuidado com o diabetes.

      Direcionado a pacientes e familiares, tenta facilitar a compreensão da doença e suas complicações. Ainda dá dicas de como agir em situações de urgência.

Veja o livro clicando AQUI .





Por: Isabela Landim

Bomba de Infusão de Insulina


A bomba de insulina é um aparelho eletrônico relativamente pequeno ligado ao corpo por um cateter com uma agulha flexível na ponta. A agulha é inserida na região subcutânea do abdomen, braço ou da coxa, e deve ser substituída a cada dois ou três dias.

Como ela funciona? Uma quantidade de insulina basal, programada pelo médico, é liberada 24 horas por dia, tentando imitar de forma mais próxima o funcionamento do pâncreas de um indivíduo sadio, no entanto a cada refeição é preciso fazer o calcúlo da quantidade de carboidratos que serão ingeridos (veja nosso ”vídeo-post” sobre contagem de carboidratos clicando AQUI) e programar o aparelho para lançar uma quantidade de insulina rápida ou ultra-rápida no organismo (veja mais sobre esses tipos de insulina no nosso post sobre Insulinoterapia clicando AQUI).
A bomba não mede a glicemia ou diz quanto de insulina deve ser usada. Este teste deve continuar sendo realizado usando o glicosimetro.
 Os mais novos modelos de bomba de insulina possuem uma calculadora de bolus, que é um software inserido nas bombas, aonde a pessoa apenas insere o volume de carboidratos que irá ingerir e o valor da glicemia daquele momento.


Quem pode usar?
Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, o candidato ideal para usar a bomba de insulina é aquele que :

- Consegue medir a glicemia capilar no mínimo 4 vezes por dia
- Na fase de ajuste de doses de insulina a serem usadas na bomba, passe a medir no mínimo 6 a 8 vezes por dia.
- Segue as recomendações médicas e mantém contato com a equipe responsável pela bomba, seguindo a dieta recomendada pela nutricionista, inclusive respeitando as quantidades.
- Tem condição financeira para custear.
-  Está disposto a usar o aparelho 24 horas por dia junto ao corpo.
- Mas principalmente está disposto a passar por um processo de educação em relação ao diabetes.
- Não apresentar história de Bulimia.
- A pessoa deve conhecer contagem de carboidratos e já estar emu so de esquema intensivo de aplicação de insulina.
- Pratica atividade física.


Vantagens
As principais vantagens, segundo a SBD :

- Maior flexibilidade de horário das refeições
- Se for usada de maneira adequada a bomba reduz o risco de hipoglicemias, e a longo prazo as complicações decorrentes do diabetes.
- Melhora do controle glicêmico e níveis de hemoglobina glicada
- Se consegue melhor controle do chamado fenômeno do amanhecer, responsável pela elevação da glicemia entre as 4 e 8 horas da manhã, que causa hiperglicemia se o diabético não tiver calculado a dose de insulina na noite anterior, ou não se levantar de madrugada para administrá-la. Com a bomba esse problema é melhor resolvido.


A bomba traz vantagens para todos ?

Infelizmente, não. Se o diabético for obeso, ingerir grande quantidade de alimento ou carboidratos simples, não fizer exercícios físicos, não medir a glicemia, ou medir menos vezes do que o recomendado, ou decidir determinar ele mesmo a quantidade de insulina utilizada, não existe muita vantagem no uso da bomba.
É importante reforçar que a bomba não é a única parte do tratamento e o acompanhamento médico jamais deve ser deixado de lado.






Finalmente, uma citação importante do Editor de Tecnologia e Diabetes da SBD, Marcio Krakauer: “Bomba não é para todos, mas para muitos. Temos no Brasil em torno de 4.000 bombas de insulina instaladas, porem sabemos que pelo menos 7 a 10% dos Diabéticos tipo 1 necessitariam da utilização da bomba. Portanto muito temos a fazer neste campo.”

Segue um vídeo que mostra como é feita a aplicação da bomba de insulina:




Por: Isabela Landim
Fonte: www.diabetes.org.br

Medicamentos orais




O tratamento medicamentoso do diabetes tipo 2 deve ser iniciado quando as recomendações nutricionais e de atividade física não forem eficazes para manter os níveis de hemoglobina glicada inferiores a 7,0, mesmo em pacientes sem queixas, com boa qualidade de vida, e aderentes às orientações nutricionais e de atividade física. Em pacientes com diabetes tipo 2, o risco de complicações está associado ao estado hiperglicêmico prévio e qualquer redução nos níveis da hemoglobina glicada promove diminuição nos riscos de complicações. Atualmente, existem cinco classes distintas de agentes orais, redutores da glicose sanguínea, disponíveis comercialmente no Brasil. A escolha deve levar em consideração aspectos individuais do paciente, como idade, peso, níveis da glicose sanguínea (jejum e pós-prandial) e aspectos clínicos indicativos de resistência ou deficiência insulínica como mecanismo fisiopatológico predominante.

Classes de drogas
Agente
Principal ação
Sulfaniluréias

Primeira geração:
Clorpropamida
Segunda geração:
Glibenclamida
Gliclazida
Glipizida
Glimepirida

Secretagogo beta-pancreático de ação lenta
Glitinidas

Repaglinida

Nateglinida
Secretagogos beta-pancreáticos de ação rápida
Biguanidas

Metformina

Diminui a produção hepática de glicose e aumenta a sensibilidade à insulina
Tiazolenedionas

Rosiglitazona

Pioglitazona

Aumentam a sensibilidade à insulina e diminuem a produção hepática de glicose
Inibidores da alfa-glicosidase Acarbose

Acarbose
Retarda a absorção intestinal de carboidratos

Como pode-se observar na tabela cada classe de medicamento age em determinada área. As classes sulfalinuréias e glitinidas agem no pâncreas estimulando a produção de insulina pelas células β, com ação lenta e rápida respectivamente. As classes das Biguanidas e Tiazolenedionas agem principalmente no fígado diminuindo a sensibilidade à insulina e produção hepática de glicose. Enquanto os inibidores da α-glicosidade e arcabose no intestino retardando a absorção de carboidratos.

Somente as sulfaniluréias, metformina e acarbose mostraram-se efetivas na redução das complicações vasculares ao longo do tempo, sugerindo que essas drogas devem ser consideradas como drogas de primeira escolha para iniciar o tratamento medicamentoso de pacientes com diabetes tipo 2. Entretanto, a titulação da dose da acarbose deve ser cuidadosa, para evitar o abandono do uso do medicamento, em virtude de seus conhecidos efeitos colaterais no aparelho gastrintestinal, em especial, flatulência e diarréia.


http://www.projetodiretrizes.org.br/4_volume/13-Diabetes.pdf


POSTADO POR LOURRANE CAROLINE

Liraglutida e Diabetes





Embora várias matérias e sites recomendem o uso da liraglutida para tratamento de obesidade, a Sociedade Brasileira de Diabetes e a Anvisa publicaram uma nota a respeito dessa propaganda: SBD:http://www.diabetes.org.br/component/content/article/78-noticias-da-sbd/1904-sbd-e-posicionamento-sobre-liraglutide-e-revista-veja 
ANVISA:http://portal.anvisa.gov.br/wps/portal/anvisa/anvisa/posuso/farmacovigilancia/!ut/p/c4/04_SB8K8xLLM9MSSzPy8xBz9CP0os3hnd0cPE3MfAwN_Dz8DA09_c19vrwAXAwMfc_2CbEdFAHYfhIs!/?1dmy&urile=wcm%3Apath%3A/anvisa+portal/anvisa/sala+de+imprensa/assunto+de+interesse/noticias/anvisa+reforca+esclarecimentos+sobre+medicamento+victoza


"Essas substâncias não são proibidas, mas também ainda não foram aprovadas para o tratamento da obesidade, apesar de conseguirem a perda de peso do paciente." diz a ABESO em uma notícia referindo-se a liraglutida e outros medicamentos. (http://www.abeso.org.br/lenoticia/906/uso-de-drogas-para-outras-doencas-cresce-no-tratamento-da-obesidade.shtml)
Bibliografia:
http://www.diabetes.org.br/exames/1869
http://www.diabetes.org.br/component/content/article/78-noticias-da-sbd/1904-sbd-e-posicionamento-sobre-liraglutide-e-revista-veja
http://www.diabetesebook.org.br/modulo-1/6-o-papel-dos-hormonios-intestinais-no-controle-glicemico

Postado por: Daiana Constancio

Diabetes Mellitus Tipo 1 - Parte Seminário

Olá Gente, segue pra vocês o vídeo sobre Diabetes Tipo 1 passado no Seminário.

Obrigada!




Postado por Lara Saeles

Diabulimia



Vamos falar sobre um assunto hoje que quase ninguém conhece muito sobre, pelo menos eu acho né... haha!
Bom, a Diabulimia é um transtorno alimentar como muitos outros que já são conhecidos popularmente, mas esse, em especial, une os malefícios da diabetes tipo 1 com a bulimia nervosa. Isso quer dizer que, quando o açúcar no sangue está elevado, o indivíduo portador de diabetes tipo 1 possui uma perda de peso e para corrigir esse alto teor de insulina, eles precisam desse hormônio para metabolizar o alimento e convertê-lo em energia. Se não há insulina, o corpo não possui um meio de utilizar a energia dos alimentos e ocorre a grande perda de pesa corporal.
A maioria das vezes, a Diabulimia ocorre em adolescentes e mulheres que possuem Diabetes Tipo 1, mas não está somente restrito à mulheres. Essas pessoas, elas buscam um “corpo ideal” preconizado pelos “´padrões” de beleza, baixa autoestima e distorção da imagem corporal, então elas manipulam baixas doses de insulina ou então param de tomar insulina para, simplesmente, haver a perda de peso e, consequentemente, emagrecer. Porém, a Diabulimia como todos os transtornos alimentares são péssimo parar o organismo, pois ao longo do processo, o individuo que se submete à Diabulimia, começa a entrar em estado de cetoacidose e começa a desenvolver as complicações graves, que podem levar ao óbito.
Dessa forma, deve-se ficar atento ao comportamento de adolescentes e jovens adultos diabéticos do tipo 1 que podem contribuir para identificar a presença da diabulimia.
Abaixo eu separei um vídeo para vocês, que mostra uma entrevista com uma mulher que já sofreu com a Diabulimia e as suas consequências.




Postado por Lara Saeles

Referências Bibliográficas
http://www.podtersaude.com.br/2009/01/19/o-que-e-diabulimia/