sexta-feira, 1 de março de 2013

Medicamentos orais




O tratamento medicamentoso do diabetes tipo 2 deve ser iniciado quando as recomendações nutricionais e de atividade física não forem eficazes para manter os níveis de hemoglobina glicada inferiores a 7,0, mesmo em pacientes sem queixas, com boa qualidade de vida, e aderentes às orientações nutricionais e de atividade física. Em pacientes com diabetes tipo 2, o risco de complicações está associado ao estado hiperglicêmico prévio e qualquer redução nos níveis da hemoglobina glicada promove diminuição nos riscos de complicações. Atualmente, existem cinco classes distintas de agentes orais, redutores da glicose sanguínea, disponíveis comercialmente no Brasil. A escolha deve levar em consideração aspectos individuais do paciente, como idade, peso, níveis da glicose sanguínea (jejum e pós-prandial) e aspectos clínicos indicativos de resistência ou deficiência insulínica como mecanismo fisiopatológico predominante.

Classes de drogas
Agente
Principal ação
Sulfaniluréias

Primeira geração:
Clorpropamida
Segunda geração:
Glibenclamida
Gliclazida
Glipizida
Glimepirida

Secretagogo beta-pancreático de ação lenta
Glitinidas

Repaglinida

Nateglinida
Secretagogos beta-pancreáticos de ação rápida
Biguanidas

Metformina

Diminui a produção hepática de glicose e aumenta a sensibilidade à insulina
Tiazolenedionas

Rosiglitazona

Pioglitazona

Aumentam a sensibilidade à insulina e diminuem a produção hepática de glicose
Inibidores da alfa-glicosidase Acarbose

Acarbose
Retarda a absorção intestinal de carboidratos

Como pode-se observar na tabela cada classe de medicamento age em determinada área. As classes sulfalinuréias e glitinidas agem no pâncreas estimulando a produção de insulina pelas células β, com ação lenta e rápida respectivamente. As classes das Biguanidas e Tiazolenedionas agem principalmente no fígado diminuindo a sensibilidade à insulina e produção hepática de glicose. Enquanto os inibidores da α-glicosidade e arcabose no intestino retardando a absorção de carboidratos.

Somente as sulfaniluréias, metformina e acarbose mostraram-se efetivas na redução das complicações vasculares ao longo do tempo, sugerindo que essas drogas devem ser consideradas como drogas de primeira escolha para iniciar o tratamento medicamentoso de pacientes com diabetes tipo 2. Entretanto, a titulação da dose da acarbose deve ser cuidadosa, para evitar o abandono do uso do medicamento, em virtude de seus conhecidos efeitos colaterais no aparelho gastrintestinal, em especial, flatulência e diarréia.


http://www.projetodiretrizes.org.br/4_volume/13-Diabetes.pdf


POSTADO POR LOURRANE CAROLINE

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