Observação: Aconselho a vocês a verem o vídeo com algum fone de ouvido, pois o áudio está muito baixo, devido a alguns erros ao editar. Obrigada!
Postado por Lara Saeles
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
Olá pessoal , estou postando um videozinho que achei via youtube, ele é super dinâmico e fala um pouco sobre o diabetes no geral e esclarece várias dúvidas frequentes.
Os
diabéticos têm mais chances de apresentar doenças cardiovasculares do que os
não-diabéticos. Uma dessas doenças é a aterosclerose, doença crônica
degenerativa que é caracterizada pela formação de placas de ateroma nos vasos
sanguíneos obstruindo-os. Como a maioria das doenças do coração, os fatores de risco:
aumento da idade, herança genética, obesidade, hipercolesterolemia
(aumento do colesterol ruim - LDL),hipertensão
arterial, diabetes e até sedentarismo. Seu tratamento consiste em retirar as
placas de ateroma e controlar os fatores de risco. Suas complicações podem ser: infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral ("derrame"). No vídeo a seguir entenda melhor a formação de placas de ateroma e as complicações da aterosclerose.
A nefropatia
diabética é uma complicação da diabetes causada principalmente pelo descontrole
da glicemia. A hiperglicemia faz com que o rim perca a capacidade de poupar
glicose e a elimine pela urina (glicosúria). O primeiro sintoma de nefropatia
se dá pelo excesso de glicosúria que aumenta o tamanho do rim, diagnosticado
por exames de imagem. Após esse sintoma surge o aparecimento de proteínas na
urina em forma de microalbuminúria que com o passar do tempo aumenta e surgem
sinais de insuficiência renal: elevação da ureia e creatinina no sangue.
O tratamento
varia de caso para caso, mas a maioria das vezes inclui: controle da glicemia,
manutenção da pressão arterial e nutrição dietética adequada.
Quando o pacientes se encontra na fase da:
- nefropatia incipiente (microalbuminúria): deve-se utilizar o IECA e/ou BRA; o ieca (inibidor de angiotensina I) atua no ciclo da renina e impede que a angiotensina I se converta em angiotensina II, e o bra (bloqueador do receptor de angiotensina II) bloqueia o receptor de angiotensina II, assim interrompendo o ciclo da renina, impedem o aumento da pressão arterial;
- nefropatia clínica (macroalbuminúria): ocorre a otimização do IECA;
Tratar a
nefropatia é uma forma de prevenção da insuficiência renal crônica que depois
de instalada só existem duas formas de tratamento: diálise (processo artificial
que substitui os rins) e transplante renal (substituição do rim doente por um
rim saudável).
Por isso tanto diabetes
tipo 1 ou tipo 2 devem realizar frequentes exames de urina para detectar a
microalbuminúria que é um indicativo precoce de nefropatia. Os outros sintomas
aparecem quando o rim perdeu mais da metade da sua capacidade funcional. Então
para quem tem diabetes o mais importante a se fazer é sempre controlar a taxa
glicêmica!!!
NEUROPATIA DIABÉTICA
Neuropatia diabética é uma doença que
acontece nos nervos causada pelo diabetes.Os
danos nos nervos causados pelo diabetes também podem conduzir a problemas com
órgãos internos, tais como o trato digestivo, coração, e órgãos sexuais,
causando indigestão, diarreia ou constipação, vertigem, infecções na bexiga, e
impotência.Em alguns
casos, neuropatias podem causar provocar perda de peso ou até mesmo depressão.Ainda não se sabe a causa principal da
neuropatia, mas sabe-se que o nível alto da glicose afeta os nervos.Os
sintomas de Neuropatia também dependem de quais nervos e quais partes do corpo
são afetadas.
Tipos
de Neuropatia:
-neuropatia
autonômica: afeta os nervos do coração e órgãos internos; causa estase gástrica
(estômago esvazia-se lentamente), problemas de transpiração, impotência sexual
e tontura.
-neuropatia
focal: afeta um único nervo, ou uma determinada região;
-polineuropatia
distal: afeta os nervos mais longos, causando dores formigamento ou queimação.
Tratamento
No caso da neuropatia focal ou autonômica
pode ser utilizado sessões de fisioterapia para evitar a compressão dos nervos
ou realizar uma descompressão cirúrgica. E principalmente o controle da
glicemia previne o surgimento ou a evolução da doença.
Já a polineuropatia distal não possui um
medicamento eficaz para a cura, apenas medicamentos para aliviar os sintomas, mas
é importante prevenir lesões nos pés ou quedas.
Existe um
percentual de pacientes que procuram um tratamento odontológico, que são
diabéticos. Essa população que apresenta diabetes além de poder apresentar descalcificação
óssea, tem a perda da capacidade imunológica, aumentando a facilidade de terem
infecções, sendo inúmeras bucais. Diabéticos, tendem
a ter mais caries, maior desenvolvimento de bactérias, cálculos, fatores irritantes
nos tecidos da boca e placa dentária devido ao acumulo de glicose e cálcio na
saliva, falta ou fragilidade do esmalte dentário, ao aumento da acidez, da viscosidade
e diminuição do fluxo salivar. O uso dos medicamentos para controle do
diabetes também é um dos fatores que contribuem para esses problemas dentários,
pois geram secura bucal, contribuindo para a formação de depósitos de tártaro, lesões
na gengiva, micoses e ate mesmo uma úlcera na boca. O não cuidado com
o diabetes pode causar a microangiopatia, devido ao excesso de açúcar no
sangue, alterando os vasos, fazendo com que a gengiva pare de ser alimentada
corretamente por oxigênio tornando as lesões piores, podendo virar a periodontite,
uma inflamação muito profunda, difícil de curada.
Eritema Glossodinia Doença periodontal Xerostomia
As principais
manifestações bucais são :
·
Xerostomia: é a sensação de boca seca, causada pelas glândulas salivares,
com alteração na quantidade e qualidade da saliva. Pode gerar mau hálito,
aumento das caries e torna a mucosa da boca mais vulnerável a infecções;
· Glossodinia ou síndrome da ardência bucal: é caracterizada por um
queimação ou formigamento da cavidade oral, principalmente a língua. Pode esta
associada a xerostomia e nesse caso sua causa é a diabetes tipo 2;
·
Eritema: uma hipersensibilidade caracterizada por erupção na pele,
ou seja, formação de bolhas e ulceração;
·
Distúrbios de gustação.
Para esses portadores os implantes osseointegrados são contraindicados,
pois a síntese de colágeno está prejudicada.
A doença periodontal é uma das mais comuns, um processo infeccioso
com uma resposta inflamatória. Sendo que os diabéticos com está tem a
capacidade do atrofiamento alveolar, havendo ate perda dos dentes. Neles é mais
comum também osteoporose trabecular e cicatrização demorada do tecido
periodontal.
O não tratamento da doença periodontal leva a uma
resposta inflamatória em situação de estresse, que pode aumentar à resistência
dos tecidos a insulina.
São muito importantes os tratamentos odontológicos, sendo
estes para portadores de diabetes mellitus necessários à história do diabetes e
dental, incluindo um interesse sobre a poliúria, polifagia, polidipsia e perda
de peso, controle metabólico,
complicações secundárias, ocorrências de hipoglicemias, pois neste caso é necessária
uma avaliação medica para indicar o tratamento dentário exato.
A diabetes envolve diversas complicações sendo uma delas
a bucal, logo é muito importante associar ao tratamento para o controle desta
um tratamento odontológico, não esquecendo de escovar os dentes após cada
refeição.
A retinopatia diabética ocorre por meio da lesão de vasos
sanguíneos que nutrem a retina, podendo haver hemorragia, ou o crescimento de
novos vasos na superfície desta. Sendo fatores, uma quantidade elevada de
açúcar no sangue, a pressão arterial alta, os níveis de colesterol a cima do
normal e o período gestacional.
Existem três tipos: retinopatia de fundo é um caso menos
grave na visão, porém é necessário tratamento. Retinopatia pré-proliferativa,
onde há inchaço da retina e vazamento de sangue, pode começar a obstruir a
visão e ter deslocamento da retina. E a retinopatia proliferativa, desfoque na
visão, causa por um sangramento intenso, havendo perda total da visão.
O sangramento dos novos vasos sanguíneos para dentro do
vítreo causa uma cegueira súbita, formando uma nuvem escura que pode impedir a
visão por algum tempo e quando o sangue é absorvido, a visão é recuperada. Na
RD podem ocorrer outros sintomas, tais como, visão noturna fraca, visão turva e
dificuldade de adaptação em luzes fracas ou fortes.
Um sangramento do vítreo pode ser um caso mais serio, pois
há um deslocamento da retina que é difícil de ser corrigido e a cegueira pode
ser permanente.
A retinopatia diabética atinge pessoas tanto com o diabetes
tipo 1, como o tipo 2, esta relacionada principalmente com a duração do
diabetes, que segundo o Ministério da Saúde ocorre a parti do quinto ano. Pessoas que não cuidam da diabetes possuem
maior probabilidade de apresentar a RD.
É diagnosticada pelo oftalmologista e se for diabético
deverá fazer testes regulares, para ver se possui alguma hemorragia ou
crescimento indevido de vasos sanguíneos, pois os sintomas desta só aparecem
quando a visão já está bem danificada.
São necessários
tratamentos apenas no caso de retinopatia proliferativa, onde é usado o laser
para queimar vasos sem oxigênio ao redor da retina evitando um novo
crescimento. Não há recuperação da visão, porém evita que esta piore.
Logo, é importante o uso da prevenção para evitar a
progressão da retinopatia diabética, como:
·Manter os níveis de açúcar no sangue próximos
dos valores normais, dentre os níveis de 80-90 ml/dl em jejum e 120-140 ml/dl
após ter se alimentado. Há insulina é importante para o controle desses níveis
em pessoas diabéticas;
·Alimentação saudável;
·Deixar de fumar, pois esse hábito estreita os
vasos sanguíneos;
·Deixar de beber, pois o álcool tem influencia
sobre a pressão arterial alta;
O diabetes mellitus é uma doença crônica em que o indivíduo não produz ou produz quantidade insuficiente de insulina. Por isso, o DM se caracteriza por alterações no metabolismo de carboidratos, lipídios e proteínas. Dois tipos principais são identificados clinicamente: DM tipo I e DM tipo II.
Em post anteriores já falamos sobre sintomas,diagnóstico e alguns mitos sobre estes tipos de diabetes. Neste post vamos nos aprofundar um pouco mais para entendermos o que é cada tipo de diabetes.
Diabetes mellitus tipo I
A insulina é produzida e secretada pelas células-beta das ilhotas de Langerhans, no pâncreas. O DM tipo I caracteriza-se pela ausência de insulina, justamente porque no indivíduo diabético tipo I essas células-beta são defeituosas ou ausentes.
Se não tratado, o diabetes tipo I caracteriza-se por hiperglicemia - resulta, em parte, da incapacidade dos tecidos insulino-dependentes captarem glicose do plasma e, em parte, da acelerada gliconeogênese hepática, a partir de aminoácidos que derivam de proteína muscular - , hiperlipoproteinemia - resultado de baixa atividade da lipoproteína lipase dos capilares do tecido adiposo, enzima que depende de insulina para a sua síntese- e episódios severos de cetoacidose - resulta da lipólise aumentada no tecido adiposo e da oxidação de ácidos graxos acelerada no fígado- .
A insulina é o hormônio utilizado para o tratamento do DM tipo I e, apesar de não curar o diabetes, permite ao indivíduo diabético levar uma vida normal, sem complicações. A insulina é injetada e promove a captação de glicose pelos tecidos e inibe a gliconeogênese, a lipólise e a proteólise. A parte mais difícil é ajustar as doses de insulina à ingestão da dieta.
Antigamente o controle do DM tipo I tinha que ser muito rigoroso,com várias doses de insulina ao dia e dieta bem restrita, mas hoje em dia é bem mais fácil, pois além de existirem outros tipos de insulina melhores, já existem várias tecnologias e métodos para o controle como,por exemplo a contagem de carboidratos (aprofundaremos nesse assunto em outro post). Deve-se também medir a quantidade de açúcar no sangue, através de um aparelho portátil - bem pequeno e prático-, pelo menos quatro vezes ao dia.
O DM tipo I também é chamado de insulino-dependente e já foi chamada de diabetes juvenil, já que é mais comum a manifestação em crianças e adolescentes.
Diabetes mellitus tipo II
O DM tipo II corresponde a cerca de 80-90% dos casos diagnosticados e é chamada de não-insulino-dependente, pois as células-beta produzem insulina, mas não em quantidades suficientes para controlar os níveis de açucar no sangue. É caracterizada por hiperglicemia, frequentemente com hipertrigliceridemia.
A maioria dos casos de DM tipo dois são pessoas obesas de meia-idade a idosas. A obesidade parece ser o principal fator contribuinte para o desenvolvimento do DM tipo II. Dados recentes implicam níveis aumentados de expressão do fator de necrose tumoral alfa e de uma proteína chama resistina por adipócitos de indivíduos obesos, na causa da resistência. Quanto maior a massa de tecido adiposo, maior a produção de TNF-alfa e resistina, isso vai prejudicar o funcionamento do receptor de insulina. Por isso, é importante incentivar a perda de peso,pois com isso o número de receptores de insulina aumenta e as anomalias pós-receptor melhorarão, o que aumentará a sensibilidade tecidual à insulina.
O DM tipo II pode ser controlado com o uso de fármacos secretagogos ou hipoglicemiantes, aliado a um plano alimentar adequado ao indivíduo e à prática de exercícios físicos.
Este pequeno vídeo abaixo explica,de forma simplificada, algumas diferenças entre o DM tipo I e Tipo II.
O vídeo não é de nossa autoria e foi retirado da internet.
Referências:
DEVLIN, Thomas M. , Manual de Bioquímica com Correlações Clínicas , 5a edição
Este vídeo explica de forma de forma simplificada a ação da insulina no corpo humano normal, portador de diabetes 1, portador de diabetes tipo 2 e que desenvolveu resistência à insulina. Assista o vídeo para entender um pouco melhor alguns dos nossos posts anteriores e alguns que estão por vir.
A diabetes gestacional
é o tipo de diabetes que se desenvolve durante a gestação. Na maioria dos casos
a taxa de glicose no sangue se normaliza após o parto, porém as chances do
desenvolvimento do tipo 2 é aumentada.
O
que acontece?
Durante a gravidez há
varias mudanças no organismo da mãe, dentre elas o aumento dos hormônios, como o
hormônio lactogênio placentário, o que pode alterar a ação da insulina materna.
Na maioria dos casos o organismo combate este problema com o aumento da produção
de insulina, em alguns casos o organismo não aumenta a produção causando
elevações glicêmicas, o que leva ao desenvolvimento do diabetes gestacional. A
elevação da glicose da mãe pode causar o aumento de peso do bebê, causando
complicações.
Fatores
de risco
·Mulheres que já apresentaram diabetes
gestacional ou já engravidaram varias vezes.
·Obesidade ou aumento excessivo do peso
durante a gravidez.
·Histórico familiar.
·Idade superior a 35 anos.
Sintomas
e diagnostico
Os sintomas são
semelhantes aos outros tipos de diabetes, aumento da frequência urinária sede
anormal e cansaço extremo.
O diagnostico é feito
através dos exames de pré-natal, verificando a taxa glicêmica no sangue e o
tamanho do feto e aumento do útero segundo a idade gestacional.
Complicações
·Aumento do feto em relação à idade
gestacional o que pode levar a necessidade de cesariana.
·Aumento do risco de aborto, parto
prematuro e hipertensão na mãe.
·Aumento do líquido amniótico.
·Risco do desenvolvimento de icteríciaehipoglicemia no bebê após o parto, além de
problemas respiratórios.
Tratamento
Em primeiro lugar deve-se
procurar um obstetra, endocrinologista e nutricionista para orientação correta.
Deve-se regular a alimentação, praticar atividades físicas moderadamente, e
sempre verificar a taxa glicêmica. Em alguns casos é necessária a prescrição de
insulina. Durante o parto a glicemia é rigorosamente controlada.