A cetoacidose diabética é definida como uma disfunção
metabólica grave causada pela deficiência relativa ou absoluta de insulina,
associada ou não a uma maior atividade dos hormônios contra-reguladores
(cortisol, catecolaminas, glucagon, hormônio do crescimento). A cetoacidose
caracteriza-se clinicamente por desidratação, respiração acidótica e alteração
dos sentidos; e laboratorialmente por:
- Hiperglicemia (glicemia > 250 mg/dl);
- Acidose metabólica (pH < 7,3 ou bicarbonato sérico <
15 mEq/l);
- Cetonemia (cetonas totais > 3 mmol/l) e cetonúria
(presença de corpos cetônicos na urina) .
Geralmente o motivo de um episódio de cetoacidose diabética
é não utilização, redução da dose ou má administração da insulina.
Na falta de insulina, o organismo humano não é capaz de
gerar energia através da glicose, pois esta só entra nas células se houver
insulina, então o organismo ativa a lípase no tecido adiposo que atua sobre os
triglicérides, degradando-o em ácido graxos e glicerol, que irão fornecer
energia. Os ácidos graxos vão ao fígado em grande quantidade, onde uma pequena
parte é novamente transformada em triglicérides e a maior parte reage com a
carnitina-acil-transferase, sofrendo uma beta-oxidação e resultando na formação
de Acetil-CoA.

Como essa passa a ser a única fonte de obtenção de energia
do corpo, o processo ocorre em grande quantidade, gerando um acúmulo de
Acetil-CoA. O ciclo de Krebs não consegue utilizar o excesso, então o
Acetil-CoA entra na via de produção de corpos cetônicos e forma o
beta-hidroxibutirato (β-OHB) e ácido acetoacético (AcAc), que, por
descarboxilação no pulmão e na bexiga, formam a acetona.

A grande quantidade de
corpos cetônicos produzida vai acidificar o sangue e fazer com que o indivíduo desenvolva
um quadro de cetoacidose diabética.
QUADRO CLÍNICO
No início o paciente apresenta um quadro clínico semelhante
ao inicio do diabetes com poliúria (aumento do volume da urina), polidipsia
(excessiva sensação de sede), polifagia (excesso de fome), perda de peso e
desidratação leve. Com a maior elevação e maior duração da hiperglicemia, a
polifagia é substituída por anorexia, surgem náuseas e vômitos, a desidratação
é acentuada, a respiração torna-se rápida e profunda aparece o hálito cetônico.
O estágio mais grave é caracterizado por diminuição do nível de consciência
(confusão, torpor, coma), sinais de
desidratação grave, arritmia cardíaca e redução dos movimentos respiratórios
quando o pH sanguíneo é menor que 6,9.
Diagnóstico e Exames imediatos
Assim que o paciente for admitido na Unidade de Emergência e
se suspeite de cetoacidose diabética deverão ser realizados exames, que em
questão de minutos, permitam a definição diagnóstica e possibilitem o inicio da
terapia enquanto se aguarda o resultado das demais investigações:
- Glicosúria e cetonúria
- Gasometria arterial ou venosa: mostrará acidose metabólica
geralmente associada a
alcalose respiratória compensadora.
TRATAMENTO
As medidas específicas usadas no tratamento da cetoacidose
diabética são:
- Hidratação;
- Reposição de insulina;
- Correção dos distúrbios eletrolíticos;
- Correção da acidose metabólica
Pela gravidade da situação, o tratamento deve ser urgente.
Se o paciente apresentar quadro grave, o procedimento padrão é encaminha-lo
direto para a UTI.
Por: Isabela Landim
Por: Isabela Landim
Great information
ResponderExcluirHow To Handle Diabetes With Yoga?